Em "Justine", o mais importante romance de Sade (cuja primeira versão data da época em que sofre dos olhos e se lamenta o mais possível dos vexames dos carcereiros), a virtuosa heroína é violada, molestada, aviltada, presa por falsas acusações e por fim maltratada por toda a sociedade. Sade é um lutador rude e arranca brutalmente à maldade humana a sua máscara de hipocrisia. Quando, em Justine, Roland graceja: «Sirvo-me da mulher como de um bacio na cama», Sade põe a nu o inconsciente de alguns indivíduos da vida real. Foi o único autor que conseguiu criar o zero absoluto do amor, o que lhe confere uma posição insubstituível na filosofia do erotismo. Depois de o ler, forçoso será cada qual recompor para si com maior clarividência os valores íntimos por ele radicalmente destruídos.
Justine
Cód: 1110 N1536774671200
Formato: 14 x 21 cm
Tipo de Capa: Capa cartão - brilho
Tipo de Acabamento: Brochura sem orelha
Tipo de Papel: Offset 75g
Cor: Preto e branco
Páginas: 162
Edição/Ano: 1522
Idioma: Português
Peso: 219
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Sade era ateu e enfrentava a religião, apesar das acusações de fazer apologia ao crime pelo simples fato de que era crime falar contra a religião na época. Claro que nem tudo o que Sade escrevia em suas obras seria aceito por ateus modernos, pensadores libertinos e filósofos contemporâneos. Quem já leu obras de Sade, especialmente as que falam de orgias sexuais sabe que elas não são (e não pretendem mesmo ser) nenhum manual ou cartilha para a ética ou para a sexualidade humana, mas não deixam de ter um caráter revolucionário e contestador da ordem rigidamente estabelecida por poderes que muitas vezes diziam uma coisa na cátedra e faziam outra na sacristia. Deixando os exageros delirantes das orgias representadas em outras obras suas, vejamos o que essa mente brilhante tem a dizer sobre a religião. Não se intimidem com o tamanho do texto, uma vez começada a leitura, você não vai querer parar mais. Tenho certeza que meus amigos ateus e agnósticos encontrarão muitos motivos nesse texto d