Diários do Desassossego retrata a condição humana através das confissões expostas em cada um de seus poemas. Em cada verso, reflexões e uma sensibilidade que vai aflorando a cada página. Sintetiza angústias, sonhos, incertezas sem descanso. O desassossego é parte do contexto humano. A vida, um enigma a ser decifrado, não poupa a ninguém da dor. A perplexidade diante dela, que não oferece sossego aos que buscam respostas, deixa apenas o refúgio das sensações, constatações em preto e branco. Uma revelação às avessas, descobrindo a razão de todas as coisas no nada e na ausência. O desejo não tem outro papel que não o de se mover neste limbo. O livro assume dimensões inesperadas tal como uma bíblia sem deus, numa eterna brevidade contínua. O poeta repleto de dúvidas e hesitações parece estar sempre à procura de algo, mas não sabe exatamente o quê. Um balanço sobre a vida, a solidão, o amor, a saudade. Um livro vivo, intrigante, envolvente, interminável. Definitivamente perturbador.
Diários do Desassossego
Cód: 4015 N1406625657012
Formato: 14 x 21 cm
Tipo de Capa: Capa cartão - brilho
Tipo de Acabamento: Brochura sem orelha
Tipo de Papel: Offset 75g
Cor: Preto e branco
Páginas: 122
Edição/Ano: Primeira Edição /2014
Idioma: Português
Peso: 171
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Sou tudo o que o mundo me ensinou a ser, mutante como os dias. Me desfaço em versos e me renovo em notas, versos que muitos talvez não entendam, notas que muitos talvez não ouçam. Minha mão cria a dança das letras através da melodia da alma. Dá cor às coisas que não têm cor, transforma, transmuta as palavras. Poeta é o olhar que pratico. É o olhar que enxerga o mundo no mosaico da poesia. Ergo minha bandeira de causa nenhuma, entre becos, ruelas estreitas, curtas, sem saída, vivendo o tempo que nos resta, adiante de alguma fatalidade. Cruzando com os que partem, com os chegam, com os que se fragmentam contra o tempo, com os que plantam rosas nos jardins. O jardim é uma tentativa humana de organizar a natureza. Jardim também é aquele que me habita. Aquele que enxerga até onde meus olhos não alcançam. Aquele que se traveste de sonhos e prova sua íntima parcela de morte e de vida. Aquele que espera e conquista. Que chora e sorri.